segunda-feira, 12 de março de 2012

Venda-se!

Terno e gravata, ou tênis e barro?
Pessoas andam para cima e para baixo com suas maletinhas, com seus trabalhos apertados e sofridos.
Desejam ter suas riquezas. Sucesso acima de tudo. Ter a grana pra torrar no fim de semana. Em seus carros. Em suas casas luxuosas.
Se matam e matam seus seres interiores, em troca de ser alguém notável e grande, dentro da sociedade.
Pequenas pessoas tornam-se bonecos nas mãos dos gananciosos, que querem poder acima de qualquer coisa, a qualquer custo.
Boas almas acabam sendo corrompidas, acreditando estarem fazendo algo em prol de algo bom. Boas almas, que não são poluídas como a de muitas pessoas que já estão nessa vida. Que há muito tempo, já tiveram as suas almas, também, corrompidas. Ou mesmo, em algum casos, já nasceram dessa forma.
Sacrifícios para ter uma vida. Para ter o que comer.
Ao meu ver, isso é o mesmo que tornar-se um mendigo, comer papel higiênico usado e beber água que fica no fundo dos sacos de lixo.
É triste ver como ideais e valores são vendidos, deixados de lado, para atender a outros chamados da vida. Trabalhos.
Não me confunda com um anarquista ou socialista. Não estou dizendo que as pessoas não deviam trabalhar. Mas está tudo ficando podre demais para a minha cabeça.

Eu sinto como se fosse uma lâmpada acesa, no meio de uma caverna. E vejo toda a escuridão ao meu redor querendo me apagar. E tornar-me mais uma lâmpada apagada nessa caverna, que se chama Sociedade.
Esse mundo que vivemos.
E eu não quero ser mais uma lâmpada apagada, nessa caverna que vivemos.
E infelizmente... eu sinto cada vez mais... que
minha luz está se apagando.

Um comentário:

  1. Procure sobre Autenticidade, Inautenticidade (Jean-Paul Sarte), Dasein e Existenz (Heideger).

    ResponderExcluir